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segunda-feira, 26 de abril de 2010

cafuné.

atualmente, sou sozinho. sou eu e meu cachorro, o dia inteiro.
pego ele no colo, faço aquele cafuné bem maroto, e, claro, ele gosta (ele nunca me disse a opinião dele sobre meu cafuné mas basta olhar pra cara dele que é perceptível a resposta). mas aí vem o problema .. nunca retribui !
aí você pode dizer : 'nossa, seu cachorro é escroto ! nem retribui teu cafuné !'
é lógico, ele é um cachorro.

pra mim, cafuné é algo valiozíssimo. diria até que chega aos pés de um bom copo de mate gelado. os dois juntos então, nem se fala...
pois bem, ultimamente, não tenho recebido cafunés. triste, não ? mais ou menos.

já namorei, mais de uma vez. sob certo ponto de vista, foram relacionamentos relativamente longos e/ou imprevisíveis, eu diria. aos 20 anos, posso dizer que conheço um pouco disso, enquanto ao mesmo tempo, existem pessoas que nunca tiveram um relacionamento 'estável'. (entenda-se esse 'estável' aí como : conta de telefone cara, conta de celular também cara, no minimo 3 presentes em datas comemorativas por ano, almoço com a familia, com os amigos, etc). e ah, não estou criticando ninguém,são apenas constatações.

bom, é impossivel negar que as pessoas criam esteriótipos. eu mesmo, procuro ser uma pessoa 'correta' com o que EU acho correto. isso se chama personalidade. tratar uma pessoa bem, se preocupar, ligar, demonstrar carinho estão no meio, mesmo que não seja recíproco, porque, afinal, estou apenas sendo EU, independente do outro lado. mas o engraçado, é que quando converso com meus amigos/amigas, percebo que, ou estou desatualizado, ou tenho que mudar.

cada vez mais se fortalece aquela corrente de que homem não presta e/ou tem que ser tranqueira. porra, onde foi parar o romantismo e os buquês de flores desse mundo ?! será que ser 'certo' é errado ? não vou ser hipócrita em dizer que não sinto falta de companhia, de alguém do meu lado e que, principalmente, as vezes assusto as pessoas com isso.
'porra lucas, pra que namorar ? tu tem que aproveitar a faculdaaade, seu ultimo ano ta chegando aí!'

ponho na balança : minha personalidade ou um cafuné facinho ?
não sei a resposta. de verdade.
realmente penso em mudar as vezes e ver se melhoro mas, caio na real e percebo e me lembro que já consegui muita coisa boa sendo eu mesmo e então, concluo que é tudo uma questão de esperar.
acho que não só pra isso mas, em nosso cotidiano como um todo, não podemos nos incluir no senso comum, no que certa pessoa ache correto. conheço muita gente que se deixa levar e acaba perdendo o caminho, vira outra pessoa, completamente diferente. personalidade é uma das coisas da qual ninguém pode nos tirar. defenda-a até o fim !

talvez se eu tirar da cabeça essa vontade idiota de procurar alguém, eu aproveite mais o meu tempo com o meu cachorro. vai ser bom. vou poder treinar uns cafunés bem maneiros e, quem sabe, no caminho do pet shop eu tenha sorte ? ok, clichê.

(agradecimentos pelo incentivo da Elainna A.)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

futuro.

tarô, runas, bola de cristal entre outros muitos artifícios conhecidos ou não.
não acredito. fato.
vai da MINHA crença acreditar no concreto ao invés de jogar meu destino na mão de alguém e/ou que nunca ví na minha vida. imagina a sentença :
'fortuna, amor, prosperidade e família sólida.'
uou ! quem não quer isso ? se o mundo fosse feito de certezas fáceis e moldadas, acho que as coisas seriam medíocres, sem graça e com certeza, aquele seriado da globo 'casos e acasos' não existiria.

sou matriculado em um curso superior, vou as aulas, assisto 80% delas (não me pergunte o porquê dessa porcentagem), estudo em época de provas, tenho trabalho com carteira assinada, tenho mais de 40 alunos, tenho uma família muito maneira, dois bróders de quatro patas cada um e, não menos importante, curto sonhar.
aí vem o problema de todo esse 'sucesso' e 'conforto' : até quando vou ter isso ? até quando vou ter os pés no chão e a certeza de que posso dormir e acordar com problemas relativamente pequeniníssimos ?

não sei, ninguém sabe.
nem a danada da mulher que lê mãos deve saber.

acho que quando pensamos em nós mesmo daqui certo tempo, tantos dias, tantos anos, enfim, é fato que tentamos ser sempre otimistas, afinal, quem não quer ter todo conforto e segurança do mundo ? simples.
'ahh, mas e as crianças do haiti ?
sinceramente ? eu prefiro pensar em mim primeiro. aí você vai dizer que eu sou escroto e tudo o mais. não sou não. eu sou sensato com o que eu penso, e não hipócrita como muita gente por aí. meu pai me disse uma vez que, sempre devemos nos colocar em primeiro lugar, independente da situação. esse é um simples ato que traz consigo toda uma série de valorizações. eu sigo.

enfim, sonhe.
abra a cabeça. pense nos prós, nos contras. ponha suas ações na balança.
você não pode decidir seu futuro mas, pode dar um tapinha aqui e outro ali e tentar modelá-lo mais ou menos do jeito que você viu nas cartas, na bola de cristal ou com aquela tia que lê mão na feira. quem sabe você não acerta ?

(agradecimentos à Camila S.)

(eu admito que os posts andam meio que pessimistas mas, prometo alegrias em breve.)
(e ah, comentários, mesmo que inúteis, são muito bem vindos.)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

tributo.

páscoa, natal, quermesse da igreja e dia de jogo. pra mim, são 4 datas que ao longo de 18 anos, foram muito importantes pra mim.
vou ser egoísta e dizer que foram importantes não pela comemoração em sí, mas sim pela presença, pela nostalgia. ok, vou tentar me explicar.

abril. mês em que passo no mercado Papini pra comprar pãozinho pra minha mãe e, no caminho do caixa, trombo em algum ovo de páscoa. pra muita gente, essa época relembra o sofrimento de uns ou tem algum valor religioso. sinceramente, pra mim, sempre foi um momento de unir a família e comer bacalhau. APENAS isso (tudo bem que esse ano, com esse mundo moderno e o bacalhau com o preço lá em cima, apelamos pro restaurante japônes). independente do cardápio, o mais importante, como disse, é juntar a família e aqueles que são importantes. no meu caso, o valentim sempre tava lá. ficava sentadinho do outro lado da mesa, com as mãos cruzadas em cima da perna, falando pro fred sair de baixo da mesa e dizendo que queria ir pra casa de cinco em cinco minutos.

dezembro. mês em que, normalmente, não só eu mas muito dos meus amigos sofremos com a famosa pressão dos exames, sejam eles de periodontia, dentística e etc. o que importa é que eles sempre estão lá, pra nossa alegria (sinta um tom irônico aí, ok ?). também é o mês em que 77,7% da população que considera ter amigos pra valer, junta-se em sua panelinha e troca presentes no amigo secreto (eu mesmo, sempre que sorteio alguém irrelevante, troco por outra pessoa. desculpa, não vou gastar trinta reais suados pra fazer um social a toa. que seja pelo menos com alguém útil). mas, acima de tudo, é o mês em que temos a famosa noite natalina, onde o papai noel e seu saco vermelho vem nos brindar com sua presença encantadora. acima da religião, pra mim, novamente, é tempo de juntar as pessoas e, outra vez, ver o valentim lá na ponta da mesa, com as mesmas manias e risadas, mas dessa vez, se enchendo de pernil e no fim da noite, sendo o personagem mais engraçado da troca de presentes, haha. todo ano, eu recebia os dez reais mais bem suados e trabalhados que alguém poderia receber, direto da mão dele. o melhor presente que alguém poderia receber, não pelo valor em sí, mas sim por todo o seu bastidor.

junho. mês de festa junina ! época de tomar vergonha na cara, parar de ser mole e chamar a menininha que você teve em vista desde o começo do ano (tudo bem que ao longo da minha carreira escolar, eu nunca fui muito bem sucedido, mas enfim). seja na igreja, seja na escola, a quermesse é sempre boa. churrasco, quentão, biribinha no olho do colega, argola na cara do tio da barraca da argola (lógico, dã) e, não menos importante, a quadrilha. em especial, eu nunca gostei de quadrilha. na minha memória recente, em uma dessas por aí, fui obrigado a dançar 'thriller'. imagine. pois bem, acima de toda essa humilhação, o valentim estava lá, sempre ! aí você vai dizer : 'pô, que cara legal ! tão velhinho e te prestigiando todos esses anos !'. hãm .. engano seu, ele gostava era de um bom churrasco de graça. mas e daí ?! o que importava é que ele estava lá, todo santo ano, batendo cartão.

quartas e domingos. dia de jogo, jogo do nosso time ! esses dias eu ví um comercial na televisão, não lembro do quê, mas dizia que você iria 'ver o futebol de novo, como se fosse a primeira vez' ou algo do tipo. uma coisa é você assistir a uma boa partida direto da sua casa e outra, é estar lá perto. desde pequenos, somos condicionados a torcer, ao menos se você se tiver nascido menino, existem excessões, claro. junto a isso, vem a escolha do time. ahhh, que dureza ! aí entra o elemento surpresa : a sorte. se você for nascido em berço de ouro, em uma família de pessoas de boa índole, caráter e que pagam seus impostos conforme a lei, seja bem vindo a alegria e decepção de ser palmeirense. alegria e decepção ? sim. um dia estamos lá em cima, outros muitos dias estamos lá em baixo. mas e daí ?
quando eu digo :
'pai, to indo ver o jogo com o wallace e o fernando'
'você é burro ? vai tomar garoa e pagar deizão pra estacionar o carro pra ver teu time perder ?!'
enfim, tenho orgulho de dizer que, se perder, pra mim não tem problema. o que importa é celebrar a nostalgia. eu lembro da primeira vez em que sentei nas numeradas do palestra itália. foi uma tarde de domingo, palmeiras x goiás, valentim do meu lado, 3x3. apesar do placar, pude dar início a uma das minhas maiores paixões. saindo do estádio, ali mesmo na rua, ele comprou um colar pra mim. simples, um tanto quanto mal feito, mas foi e é bem siimbólico. toda vez em que olho, lembro dele, lembro desse dia. faz parecer como se ele estivesse aqui do lado, com as mãos cruzadas em cima das pernas, comendo churrasco e falando 'xispa' pro fred.

tudo bem que, hoje em dia, eu consigo lidar melhor com isso mas, parando pra pensar, faz parecer como se fosse ontem. não foi de repente, não, não foi. demorou um certo tempo até as coisas tomarem seu declínio final. tenho orgulho em dizer que durante esse declínio, eu não o ví sequer uma vez. tenho certeza que ele não gostaria que eu presenciasse aquilo.

já fazem quase dois anos em que as páscoas, os natais e as quermesses não são mais as mesmas. pelo menos eu tenho algo em que eu posso sempre me lembrar dele : é verde e branco.

valeu vô :)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

carência.

é complicado sentir.
complicado não porque é algo raro de aparecer mas sim pela inconstância.
é lógico que dependendo do perfil, vem mais forte, vem mais fraco, vem triste, vem chorando, vem bem depressivo ou vem com aquela vontade de 'ligar o foda-se'. muita gente tem medo ou algum tipo de preconceito em falar da carência que sente, mas, meu deus ! pra mim, pelo menos, é algo natural (por mais que isso não seja um mar de rosas) e não tenho vergonha nenhuma em expor isso a certas pessoas, muito menos me faz ser menos homem ao admitir algo assim.

é pessoal, sou carente, haha ! mas afinal, quem não é ? nem que seja um pouquinho ? pouquinhozinho ?
olha, eu tenho certa bagagem, e posso constatar : você pode ter TUDO. amigos, família, namorada e até um videogame durante a madrugada. se você tem tendência a ser carente, VAI SER (não estou jogando praga em ninguém, estou apenas trabalhando o assunto em cima de constatações numéricas).
pode vir a mente o pensamento : 'eu tenho namorada/namorado, cafuné todo dia, abraço todo dia, beijo na testa todo dia, jantar a luz de velas e partida de banco imobiliário a dois todo fim de semana e dou uns amassozinhos a toda hora, a não ser quando estou dormindo.'
é.. parabéns ! 98% das pessoas definiriam esse como um relacionamento perfeito (se bem que os amassos também poderiam rolar enquanto você dorme, mas enfim) ! mas não sei, acho que quando não se tem isso e você SABE que muita gente, pelo contrário, tem, batem a inveja, o ciúmes e a carência, como um soco.
enfim, ou eu sou uma pessoa muito depressiva, ou preciso de uma injeção de ânimo. :)

(agradecimentos à Yasmin M.)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

pontapé.

oi negada !

desde já, quero dizer que é muito bom tê-los comigo aqui neste ambiente tão inútil mas ao mesmo tempo enriquecedor. sinceramente, nunca fui de ler e/ou engolir trocentos mil livros (a não ser aqueles que claro, era obrigado a ler) mas, sempre cultivei o prazer em escrever, por mais idiota ou fútil que fosse o tema/contéudo. bom, espero, aqui, colocar coisas que me vem a mente em momentos como esse, um mero domingo as 1:17, véspera de uma segunda-feira 'deliciosa', acompanhada de uma 'sensacional' aula de periodontia (aos poucos vocês vão entendendo a minha ironia, por enquanto, deixo a cargo das aspas).

pois bem, fiquem a vontade.
críticas e elogiozinhos do tipo puxa-saco são sempre bem vindos.
percam seu tempo comigo.